A autonomia como condição de liberdade para jovens com síndrome de down
Resumo
Este trabalho tem como objetivo discutir o papel da autonomia como condição de liberdade para
jovens com Síndrome de Down, dando ênfase a sua promoção a partir do modelo social da deficiência. A
proposta é refletir sobre como se constrói a ideia de “normalidade” que define o que é considerado deficiência
e como o corpo da pessoa com deficiência é visto de forma negativa, sendo muitas vezes percebido como
incapaz de atingir as mesmas possibilidades que outras pessoas, como a autonomia, por exemplo. Nesse
sentido, o artigo busca explorar a relação entre família e deficiência; a ideia de normalidade e os conceitos
de eficiência/deficiência na sociedade; e, por fim, refletir sobre alternativas que proponham uma mudança de
perspectiva, deixando de tratar a deficiência apenas como uma questão individual e patológica. Argumenta-
se que a falta de conhecimento, discriminação e a falta de conscientização sobre as necessidades das pessoas
com Síndrome de Down perpetuam um ciclo de invisibilidade, o que contribui para seu isolamento e para
sua permanência restrita ao ambiente familiar. Essa exclusão é resultado de uma sociedade que valoriza a
eficiência, a produtividade e segue padrões rígidos de normalidade.