Reflexões acerca da finitude uma perspectiva existencialista
Resumo
O presente artigo aborda a questão da finitude humana a partir de uma perspectiva filosófica, com ênfase no Existencialismo. O texto explora como a morte tem sido interpretada ao longo da história, desde a Antiguidade até os dias atuais, ressaltando a transformação de uma visão pública e comunitária para um tabu na sociedade contemporânea. Destaca a complexidade da morte, que vai além de um simples fenômeno biológico, envolvendo dimensões religiosas, sociais, filosóficas e antropológicas. O Existencialismo é proposto como uma abordagem relevante para compreender a finitude, uma vez que essa corrente filosófica enfatiza a responsabilidade individual na criação de significado para a vida, reconhecendo a angústia existencial como parte inerente da condição humana e, como a modernidade afastou o ser humano de uma relação mais próxima com a morte, substituindo-a por um desejo de controle e previsibilidade, que culminou em uma negação ou distanciamento do tema. Além disso, autores como Heidegger e Silveira são citados para refletir sobre a relação entre vida e morte e a importância de educar para a morte, como um meio de valorizar o presente. A morte, embora inevitável, não deve ser temida ou ignorada, mas sim acolhida como uma parte essencial da experiência humana. A reflexão sobre a finitude permite uma maior compreensão da própria existência, promovendo uma vida mais consciente e significativa. A pesquisa é classificada como qualitativa, fazendo-se uso do método hipotético-dedutivo, e pode ser classificada como bibliográfica e documental. O material foi obtido por meio de artigos publicados em revistas especializadas, livros e textos disponíveis em plataformas de pesquisa como SciELO, PubMed e Google Acadêmico.